quinta-feira, 7 de maio de 2009

Só aprendemos nas adversidades

Só aprendemos nas adversidades.

Puxa! Acabei de derrubar uma caneta no chão, é fácil, é só se agachar e pegar. Claro se você não tiver nenhum problema motor.
Estava sozinho em frente meu computador, sem querer esbarrei e derrubei alguns objetos e dentre eles uma caneta.
Quase todos os objetos tinham alguma saliência, com alguns poucos movimentos conseguia enroscar os dedos e puxa-los rente a roda da cadeira, e trazer até meu colo. E assim foi um a um até chegar o último, uma caneta.
Já estava exausto por me contorcer todo para apanhar os objetos. Mas lá estava ela. Poderia até gritar para alguém vir me ajudar. Mas não, era uma questão de honra eu apanha-la.
Ela estava ali tão perto de mim, mas ao mesmo tempo tão longe, uma caneta esferográfica azul dessa que encontramos aos montes por ai, sem tampa, nem sei se ainda escrevia, só que ela estava ali e aquilo me perturbava, tinha que apanha-la...
Enrosquei meu braço numa alça da cadeira de rodas, joguei meu corpo todo para o lado, o peso do corpo quase prendia minha respiração, junto ao braço da cadeira.
Na primeira tentativa apenas consegui traze-la um pouco mais próxima, na segunda me concentrei ainda mais, meu dedos fibrilarão, mandava tanta força que às vezes até parecia que iria conseguir move-los novamente. Mas nada. Consegui colocar ela numa posição; agora vai, e foi mesmo, para o chão novamente. Uma angustia tomou conta de mim.
Uma coisa tão simples e não damos o mínimo valor, quantas vezes acontece isso em nossas vidas e passa despercebido, agachamos, levantamos subimos uma escada, tão fácil, mas não damos o mínimo valor. Entretanto reclamamos de quase tudo.
Ah! Trabalhei como um condenado hoje. Oh! Vida brava!
Quantos queriam trabalhar e não podem.
Hoje vou de carro trabalhar, porque não gosto muito de andar e chegar suado ao serviço.
Quantos queriam apenas andar.
Que droga! Hoje ta chovendo e não vai dar para jogar futebol.
Quantos queriam apenas pode andar na chuva.
Hoje não vou à aula to com uma dorzinha de cabeça.
Quantos sentem dor, por ninguém os levarem a escola.
Nos seres humanos temos a mania de reclamar de tudo, mas quando acontece alguma adversidade em nossas vidas, passamos a enxergá-la de uma forma diferente, damos mais valor a certas coisas que jamais imaginamos antes.
E lá estava, eu e a caneta, parecia até ouvir seus pensamentos; - ah ele não vai conseguir – com certeza ira chamar alguém.
Mas eu nunca iria desistir, por mais intransponível que parecesse. Talvez antes desse meu pequeno problema motor. Quando era “normal”, eu até já tivesse desistido diante da imensa dificuldade que se encontra, pois uma pequena pedra no caminho era motivo para tal. Mas hoje é diferente.
Novamente me alinhei, respirei fundo, calmamente fui puxando ela contra a roda da cadeira, até poder alcançar com os dentes e segurar bem firme e soltá-la em meu colo.
Nesse instante parecia que tinha sido premiado, ganho na loteria, a felicidade era muito grande, pois havia ganhado uma enorme batalha, na qual eu venci sozinho, mesmo quando tudo parecia estar perdido. Com os olhos cheios de lagrimas, o coração pulsando a mil, com as limitações imposta, podemos vencer as adversidades da vida basta termos força de vontade e nunca desanimar na primeira tentativa. Pois a vida continua...

4 comentários:

Sonhos*** disse...

Esse sim é o meu amigo!!!
vc me emociona sempre!!!
bjos!!
continue postando vou amar ler seus pensamentos todos os dias!!!

JeffMaia disse...

MANEIRO TEU BLOG CUMPADI
GD ABÇ
JEFF

fer.,. disse...

q linda essa postagem..pra mim movimento é vida o q puder faz\er temos q fazer....

Unknown disse...

Vc é d++, amigo.

Bjoo.